Uma pesquisa publicada na revista Sleep Epidemiology registrou aumento na incidência de problemas relacionados ao sono, como dificuldade para dormir, duração insuficiente do sono, irregularidades dos estados do sono (leve, profundo e REM) e outros fatores.
Insônia
Segundo o psiquiatra Eduardo Aliende Perin, membro fundador da Associação Panamericana de Medicina Canabinoide, a insônia é uma das principais queixas dos pacientes que chegam ao seu consultório.
“Muitos desses pacientes começam o tratamento com médicos generalistas, que prescrevem já na primeira consulta benzodiazepínicos ou as chamadas drogas Z, que causam forte dependência e efeitos colaterais. A Cannabis medicinal surge como alternativa para o tratamento da insônia e para livrar os pacientes da dependência desses fármacos”, explica o médico.
Uso da Cannabis medicinal
Ele explica que a medicina canábica vive hoje um momento de aprofundamento da pesquisa e desenvolvimento de fórmulas mais sofisticadas, destinadas a tratamentos específicos: “São mais de 140 canabinoides identificados na planta. No caso da insônia, já contamos com uma formulação inédita no mercado, que não possui THC. Isso é importante porque, para determinados pacientes, o THC pode trazer alguns riscos, como aumento de ansiedade”.
O neurologista Flávio Henrique Rezende da Costa, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Health Meds, faz parte desse movimento de pesquisa aprofundada com os chamados “canabinoides menores”. Ele é um dos responsáveis pela formulação do Hypnos, primeiro produto à base de Cannabis medicinal totalmente focado na insônia.
“No desenvolvimento do Hypnos, utilizamos três canabinoides menores com efeito sedativo: o canabigerol (CBG), o canabinol (CBN) e o canabicromeno (CBC), todos sem psicoatividade”, comenta. “Dessa forma, o medicamento é mais tolerável e tem baixíssimas chances de causar dependência ou efeitos colaterais”.
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