Com a chegada do mês de outubro, o movimento de conscientização do câncer de mama – Outubro Rosa – ganha força novamente. E isso é fundamental, já que no Brasil é o tipo de câncer mais incidente em mulheres, perdendo apenas para o de pele não melanoma. Estima-se que, em 2022, 66.280 novos casos da doença ocorram.
Estudos da Associação Americana de Câncer mostram que, se descoberto no início, o câncer de mama tem chances de cura de até 95%. Esse índice cai para até 50% se a neoplasia estiver em um estágio mais avançado.
“Por isso, é fundamental que as mulheres tenham o devido esclarecimento sobre a importância da avaliação periódica e dos exames preventivos”, reforça Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e especialista em Perinatologia e Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia.
Sintomas e causas
Segundo o médico, os principais sintomas e sinais do câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja; alterações no mamilo e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas também são sinais.
Entre os principais fatores para surgimento da doença estão obesidade e sobrepeso após a menopausa, atividade física insuficiente, consumo excessivo de bebida alcóolica, tratamento prévio com radioterapia no tórax.
Além disso, a primeira menstruação antes dos 12 anos, não ter filhos ou tê-los após os 30 anos, parar de menstruar após os 55 anos e fazer uso de contraceptivos hormonais também podem ser causas para o desenvolvimento da doença. O mesmo acontece com as mulheres que têm histórico familiar de câncer de ovário ou mama.
Exames para identificar a doença
Carlos Moraes esclarece que existem seis tipos de exames que podem ajudar na identificação do câncer de mama. Confira quais são eles.
1 – Mamografia: estuda o tecido mamário, podendo detectar um nódulo que não seja palpável. Deve ser feita a partir dos 40 anos.
2 – Ultrassom das mamas: com ondas sonoras de alta frequência, o exame proporciona imagens da estrutura interna para caracterizar alterações palpáveis ou detectadas à mamografia. Também pode complementar a mamografia em mulheres com mamas densas.
3 – Ressonância magnética: não utiliza radiação e pode ser utilizada como exame complementar.
4 – Exame de sangue: quando o corpo desenvolve algum tipo de câncer, é comum que proteínas como a CA 125 e a CA 19.9 aumentem sua concentração no sangue.
5 – Exame genético: estima-se que 10% dos casos de câncer de mama possuem origem hereditária. Mutações nos genes BRCA1 e BRCA 2 são responsáveis por grande parte dos casos. A sigla significa BReast CAncer (câncer de mama, em inglês).
6 – Autoexame das mamas: realizado pela mulher, através da palpação dos seios, pode ser feito em frente ao espelho, em pé ou deitada.
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