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Uma pesquisa inédita realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da biofarmacêutica Takeda e com coordenação científica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), avaliou a percepção de dois mil brasileiros sobre a dengue e mostrou que informações básicas sobre a doença ainda não são de pleno conhecimento da população.
Relaxamento dos cuidados
Um dado revelado é que a pandemia de Covid-19 contribuiu para a redução de cuidados com a doença e até mesmo para mudar a percepção sobre ela – 31% acreditam que a doença deixou de existir no período e, mesmo que 53% acredite que o risco de contágio se manteve durante os últimos dois anos, 22% acreditam que o risco diminuiu.
Segundo o Ministério da Saúde, nas seis primeiras semanas deste ano foram registrados 70.555 casos prováveis de dengue no Brasil, 43,5% a mais do que no mesmo período do ano passado. O fato de considerarem que a dengue deixou de existir durante a pandemia pode levar ao relaxamento das ações de controle ao vetor.
“Essa realidade revelada pela pesquisa é preocupante. Com a urgência da pandemia de Covid-19, muitas doenças infecciosas, como as arboviroses (dengue) foram colocadas em segundo plano e até esquecidas. Precisamos retomar a discussão e os cuidados com a dengue, focando em disseminar informações e campanhas de conscientização que estimulem a prevenção”, afirma Alberto Chebabo, presidente da SBI.
Desconhecimento sobre a dengue
O levantamento mostrou ainda dados preocupantes sobre a falta de conhecimentos básicos sobre a dengue: a forma de contágio não é de pleno conhecimento da população – 8% não sabem/lembram e 4% mencionaram contato de pessoa para pessoa – o que não é certo. Picada de mosquito (76%) e água parada (24%) aparecem como as formas mais citadas.
A pesquisa completa pode ser encontrada no site da campanha.
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