O coronavírus e os nossos idosos

Quero falar com você que tem um parente, um amigo ou mesmo um vizinho idoso. Este é um momento delicado.
O coronavírus e os nossos idosos
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Quero falar com você que tem um parente, um amigo ou mesmo um vizinho idoso sobre o coronavírus e os nossos idosos. Este é um momento delicado, em que passamos dias difíceis, devido à pandemia pela doença chamada Covid-19. Devemos redobrar a atenção com o cuidado do idoso; não que ele tenha mais chance de adoecer, mas, por entender que as comorbidades que a maioria das pessoas desse grupo apresenta aumentam as chances de possíveis complicações.

Ressaltamos que o vírus contamina qualquer pessoa, ele não tem preferência por idosos. Ele infecta as pessoas, independentemente da idade, sexo, cor, raça ou credo.

A questão é que, a maior parte dos idosos, principalmente aqueles com mais de 90 anos, sofrem com o declínio do sistema imunológico, deixando-os mais vulneráveis a diversas doenças, e diminuindo a capacidade de combate a novas infecções. Assim, num corpo fragilizado, com doenças como diabetes, doenças do coração, hipertensão, câncer e outras, uma virose comum pode evoluir rapidamente para um quadro de pneumonia grave.  

Nosso alerta vai além dos idosos, mas também para os que cuidam deles! O cuidador, seja um profissional ou familiar, precisa seguir as mesmas recomendações e reforçar os cuidados de prevenção, para não adoecer e não contaminar o idoso. A higienização das mãos, quando feita de forma correta, em domicílio, com o uso de água e sabão, é suficiente para prevenção da Covid-19 e outras tantas viroses. Para enxugar as mãos, dê preferência pelo papel toalha descartável ou uma toalha limpa.

Tão importante quanto a higienização das mãos, o uso correto dos medicamentos deve ser valorizado para a manutenção e o controle das doenças preexistentes. Os medicamentos de uso contínuo devem ser mantidos conforme a prescrição médica e orientação farmacêutica. Caso esteja usando anti-inflamatório como Ibuprofeno, converse com seu médico ou farmacêutico antes de continuar o uso.

Os cuidados com a higiene das mãos e do corpo devem ser redobrados, já que o vírus é transmitido principalmente pelo contato.

É muito importante seguir as recomendações atualizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças, como:

– Lavar as mãos de forma lenta e consciente, em torno de 20 segundos, garantindo uma limpeza correta, várias vezes ao dia, principalmente após tocar em objetos como: chave, celular, maçaneta, bengala, apoio de cadeira, barra de proteção de banheiro e outros. A lavagem, quando bem feita, não necessita do uso de álcool em gel. Ele deve ser usado nos momentos em que não for possível lavar as mãos. Porém, quando as mãos estiverem visivelmente sujas, devemos lavá-las ou retirar a sujeira visível com um lenço umedecido descartável.

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Devemos também:

– Evitar beijos, abraços e o aperto de mãos;

– Cancelar reuniões e festas em ambientes fechados;

– As visitas a netos devem ser desaconselhadas;

– A recomendação é: “fique em casa!”;

– Também é recomendado cancelar as consultas que não são urgentes, salvo aquelas que exigem acompanhamento regular, como doenças cardíacas, demências e outras;

– Fique atento ao estoque de medicamentos, principalmente os de uso contínuo e aqueles de prescrição especial, como os de retenção da receita;

– Vamos fortalecer hábitos saudáveis, como dormir bem e ter uma boa alimentação;

– Imprescindível manter-se ativo! Atividade física pode contribui para aumentar a imunidade e trazer benefícios mentais e emocionais;

– Por fim, chamo atenção para o isolamento social. A solidão, que já é um grande problema no processo de envelhecimento, também pode acarretar risco à saúde e agravar o estado geral do idoso;

– Converse pelo telefone, faça vídeos, reuniões à distância com os amigos e com a família. É hora de usar a tecnologia a nosso favor. Nesse momento, será importante manter a tranquilidade, reforçar vínculos, demonstrar carinho e atenção, mesmo que de formas virtuais.

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Ana Lucia Caldas

Bióloga, farmacêutica, gerontóloga, professora da Unisuam e mestre em Ciências do Cuidado em Saúde. Em sua coluna, Ana Lucia aborda o universo da Farmácia Clínica e do atendimento ao idoso.
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