A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na última quarta-feira (24/6), a autorização para a realização de dois novos estudos clínicos relacionados à Covid-19, que têm como objetivo testar medicamentos experimentais no tratamento de pacientes hospitalizados e com quadros graves.
Primeiro novo estudo
O primeiro estudo é de fase 3 e destinado à avaliação da eficácia e da segurança do medicamento Remdesivir utilizado em pacientes com pneumonia grave em decorrência da Covid-19. Na pesquisa, o medicamento será usado por dois grupos, sendo que um deles o receberá associado ao fármaco Tocilizumabe e o outro será tratado com placebo.
O pedido de autorização para realização da pesquisa foi feito pela PPD do Brasil Suporte a Pesquisa Clínica, que deve envolver cerca de 105 pacientes.
Outra autorização
O segundo estudo também é de fase 3, e avaliará a eficácia e a segurança do medicamento experimental Ruxolitinibe em pacientes com “tempestade de citocinas” associada à Covid-19. Essa situação ocorre quando o organismo gera uma quantidade exagerada de defesas (citocinas) contra a doença, o que leva a um agravamento do quadro clínico. A pesquisa é da Novartis Biociências e deve incluir 60 pacientes.
Ações durante a pandemia Covid-19
Desde o reconhecimento da calamidade pública no Brasil gerada pela pandemia do novo coronavírus, a Anvisa adotou diversas estratégias para acelerar as análises e decisões sobre todas as demandas que tenham como objetivo ajudar no enfrentamento da Covid-19.
Uma das ações foi a criação de um comitê de avaliação de estudos clínicos, registros e mudanças pós-registros de fármacos para prevenção ou tratamento da Covid-19. Esse comitê está no âmbito da Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED), que também visa diminuir o risco de desabastecimento de medicamentos durante a pandemia.
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