A biofarmacêutica AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinaram, na última sexta-feira (31/7), o Memorando de Entendimento para produção local, distribuição e comercialização da AZD1222, a vacina contra a Covid-19 produzida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Acordo
O acordo prevê a compra de pouco mais de 100 milhões de doses da vacina pelo Governo Federal Brasileiro, além de uma licença à Fiocruz para fabricação do produto no País. Na primeira fase, a instituição receberá o insumo farmacêutico ativo e será capacitada para finalizar a produção.
O presidente interino da AstraZeneca no Brasil, Daniel Tripa, explica que, como biofarmacêutica global, a empresa tem a responsabilidade de apoiar governos e instituições de todo o mundo no combate ao novo coronavírus, garantindo uma distribuição justa da AZD1222: “Nesse sentido, as doses serão comercializadas sem lucros durante a pandemia, a fim de ajudar a combater uma das maiores crises de saúde pública da atualidade”.
Vacina AZD1222
A vacina foi cocriada pela Universidade de Oxford e sua empresa de spin-out, Vaccitech. Utiliza um vetor viral de chimpanzé deficiente em replicação, que tem como base uma versão enfraquecida do vírus do resfriado comum (adenovírus), que causa infecções no chimpanzé e contém o material genético da proteína de pico do vírus SARS-CoV-2.
Após a vacinação, a proteína de pico de superfície inicia uma resposta do sistema imunológico, produzindo anticorpos capazes de atacar a Covid-19, caso ela venha a infectar o corpo.
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