A Opinion Box, uma plataforma de pesquisa de pesquisa de mercado, publicou o seu mais recente levantamento sobre o impacto do isolamento nos hábitos de compra e consumo do brasileiro. As entrevistas ocorreram entre os dias 22 e 24 de abril, com 2.065 pessoas de todas as regiões do País.
Público-alvo da pesquisa
A maioria das pessoas entrevistadas está na região Sudeste (49%), seguida por região Nordeste (25%), Sul (13%), Centro-Oeste (8%) e Norte (5%). Foram mais mulheres (53%) do que homens (47%), na faixa etária de 30 a 49 anos (50%), de 16 a 29 anos (32%) e acima de 50 anos (18%).
Grande parte dos entrevistados pertence às classes C, D e E (81%), e a minoria às classes A e B (19%).
Isolamento
Segundo a pesquisa, o número de pessoas em isolamento total, ou seja, que não saem de casa para nada, chegou a 20%. Os adeptos ao isolamento social, que saem apenas para atividades essenciais, representam 58% dos entrevistados.
As pessoas que estão em isolamento parcial, ou seja, que evitam aglomerações mas continuam encontrando familiares e amigos, representam 18%. E 5% dos entrevistados não estão cumprindo a medida de afastamento.
Uma boa notícia é que o número de pessoas que utiliza máscaras todas as vezes que saem de casa aumentou de 30% para 46%. E o número de pessoas que nunca utiliza caiu de 27% para 13%.
Desemprego
O número de desempregados também aumentos: 3 em cada 10 entrevistados foram demitidos nesse período de quarentena; 35% que perderam o trabalho estão nas classes C, D e E, enquanto apenas 11% das classes A e B estão sem trabalho.
Vida financeira
Quando perguntados sobre os impactos do isolamento na vida financeira, os participantes da pesquisa disseram que deixaram de comprar itens não essenciais para economizar (57%) ou ainda pretenderem fazer essa adaptação (21%).
Outros deixaram de pagar contas e dívidas por não terem dinheiro para isso no momento (29%) ou precisaram pegar dinheiro emprestado com amigos e familiares (18%) ou com instituições financeiras (13%).
Consumo de itens essenciais
A mudança de rotina acabou gerando também novos gastos. Itens considerados essenciais passaram a ser mais consumidos: alimentação aumentou 49%; água e luz, 46%; produtos de limpeza, 45%; internet, 36%, pelo aumento do home office; gás, 34%; saúde e medicamentos, 34%. Enquanto isso, o consumo de combustível diminuiu 42%.
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