Na última terça, (7/12), a Drogarias Max realizou o Conexão Max, onde apresentou os resultados de 2021 e as expectativas e projetos para 2022. Durante o evento, Carlos Bandeira, diretor associado de Relacionamento com Provedores Estratégicos da IQVIA Brasil, apresentou dados gerais do mercado farmacêutico.
Em seguida, ocorreu uma mesa-redonda com Alex Oliveira, gerente Comercial e Vendas da Millenium; Gustavo Todeschini, gerente Regional de Vendas da Santa Cruz; Ricardo Sandes, diretor Comercial da Hypera Pharma; e Thais Minghini, gerente Trade Canal da Sanofi.
Dados gerais do varejo farma
Nos 12 meses terminados em outubro deste ano, o faturamento do varejo farmacêutico cruzou a marca de R$ 149,1 bilhões, alcançada pela venda de 6,8 bilhões de produtos. Desse valor, 68% correspondem a medicamentos – 54% deles de prescrição e 15% de MIPs – e 32% não medicamentos.
“Nesse período de 12 meses finalizados no mês de outubro, o mercado cresceu mais em valores do que em unidades. No primeiro caso, houve crescimento de 11,5% em relação ao mesmo período do ano de 2020, quando acumulou R$ 133,7 bilhões, enquanto o crescimento em unidades foi de 5,5%, saindo de 6,5 bilhões para 6,8 bilhões de unidades comercializadas”, explicou o diretor da IQVIA.
Analisando por canais, o de associativismo e franquias foi o que mais cresceu este ano – a Febrafar teve faturamento 17,5% maior do que em 2020, chegando a R$ 19,2 bilhões, enquanto outros associativismos e franquias tiveram uma melhora de 15,9%, chegando a R$ 9,8 bilhões.
As redes associadas da Abrafarma tiveram um faturamento 11,8% maior do que no ano passado, chegando a R$ 65,6 bilhões. As farmácias independentes melhoraram em 11%, alcançando a marca de R$ 35,5 bilhões. Por fim, outras redes tiveram um crescimento de 4,1%, chegando a R$ 18,9 bilhões.
“Mesmo com o crescimento acima dos demais canais, as grandes redes ainda possuem maior participação de mercado. Contudo, há muito espaço de crescimento para as farmácias associativistas e as franquias”, ressaltou Bandeira.
Participação de mercado da Drogarias Max
A Drogarias Max está presente em 21 cidades do Estado do Rio de Janeiro com 127 lojas, cobrindo 71% da população total. Entre outubro de 2020 e outubro de 2021, a rede teve um crescimento de 2,3%.
O fator que mais contribuiu para essa conquista foi a inauguração de 23 lojas, além de ter mantido as outras 104 abertas, não tendo fechado nenhuma. Outro bom resultado é que a média mensal de vendas da Max está acima de outras associações e franquias – são 224 contra 136 vendas. Com esses dados, a rede se posiciona no top 20 das principais bandeiras do Rio de Janeiro.
Das 21 cidades em que possui unidades, 58 delas estão localizadas em metrópoles com mais de um milhão de habitantes; 11, em cidades grandes, com mais de 300 mil e menos de um milhão de moradores; 45, em cidades médias, que possuem entre 50 mil e 300 habitantes; e 13 em cidades pequenas, com menos de 50 mil habitantes.
Mesa-redonda debate expectativas para 2022
Na segunda etapa do Conexão Max, os convidados debateram sobre os desafios enfrentados ao longo de 2021. Foi unanimidade para todos os quatro que o primeiro semestre começou acelerado em razão da pandemia, quando as drogarias de bairro ainda estavam com um fluxo aumentado de clientes.
“No segundo semestre, já sentimos a redução da demanda do varejo, o que deixou os números mais desafiadores. Em novembro, tivemos uma melhora devido às atividades de fim de ano”, afirmou Alex Oliveira, da Millenium. Além desse fator, o crescimento desenfreado da inflação também contribuiu para o aperto nas operações, como lembrou Ricardo Sandes, da Hypera.
Em outro momento, os convidados falaram sobre as expectativas para 2022. Thais Minghini, da Sanofi, abordou o retorno dos consumidores às lojas, mesmo que em menor escala: “As pessoas ainda não retornaram 100% para os escritórios, ponto positivo para o canal do associativismo e das franquias. É preciso aproveitar essa situação para focar no bom atendimento, investindo em treinamentos da equipe.”
Gustavo Todeschini, da Santa Cruz, complementou falando sobre os desafios para as distribuidoras: “É esperado que o setor tenha um crescimento um pouco menor no próximo ano. Precisamos, enquanto distribuidores, estar preparados para os clientes que, sem dúvida, estarão mais exigentes e demandando ainda mais o nosso apoio”.
Os quatro profissionais também deram dicas para as farmácias independentes e para as franqueadas da Drogarias Max, reforçando a importância da análise de dados. “Acertar o mix da loja, evitar a falta de mercadorias e reter o consumidor são fundamentais para garantir a rentabilidade do negócio”, disse o gerente da Millenium.
Apresentação de projetos para 2022
Na última parte do evento, Lucas Procópio, gerente de Negócios da Drogarias Max, e Igo Amaral, gerente de Vendas e Serviços da rede, apresentaram alguns dos novos projetos para o ano de 2022.
“O número único para telefonia e WhatsApp será mais uma ferramenta de vendas. O projeto, que deve ser lançado no primeiro trimestre de 2020, facilitará o acesso à gestão de novos clientes e de fidelização”, afirmou.
Outra ação que será trabalhada durante todo o ano de 2022 é a utilização de energia solar. “É complexo, pois trabalharemos na construção de uma usina solar que seja capaz de atender a todas as lojas da Max. A previsão de implementação é 2023”, revelou Lucas.
O objetivo para o próximo ano é chegar a um crescimento de 15% no número de lojas, o que será buscado por meio de campanhas de divulgação, publicações em canais de imprensa do setor, trabalho conjunto com distribuidores, entre outras ações. Há expectativa de melhorar a performance nos segmentos de prescrições e MIPs em 8%, de genéricos em 11% e de não medicamentos em 6%.
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