Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que mais da metade das pessoas que fazem uso ou precisam de medicamentos, consegue adquiri-los sem receita ou prescrição médica. No Brasil, existe uma farmácia para cada 3,3 mil habitantes, o que coloca o País entre os dez que mais consomem medicamentos no mundo.
O Conselho Federal de Medicina (CRM) estima que 77% das pessoas fazem uso sem orientação profissional – e os campeões de uso são os anticoncepcionais, anti-inflamatórios, analgésicos e descongestionantes nasais.
Sandra Bandeira, gerente médica da Aspen Pharma, explica que a automedicação muitas vezes é vista como uma solução para o alívio dos sintomas, mas que pode trazer consequências como agravamento de uma doença, associação medicamentosa inadequada, intoxicação e resistência, reações alérgicas, dependência e até morte.
“Somente o profissional de saúde tem capacidade de identificar o que o paciente está sentindo, fazer o diagnóstico, investigar a causa e instituir o tratamento que mais se aplica a cada situação e, ainda, esclarecer dúvidas que podem surgir durante o tratamento. A utilização de qualquer medicamento deve sempre ser feita com segurança e, para isso, deve-se consultar o médico para que ele indique qual o medicamento mais adequado, a quantidade e o horário de administração, pois garante o uso mais correto e seguro. Também é importante ler a bula do medicamento para conhecer as contraindicações e os efeitos colaterais mais comuns que podem surgir”, explica a profissional.
É importante ainda não seguir as indicações de amigos ou familiares que tomaram medicamentos para sintomas semelhantes. Além disso, Sandra reforça que tomar compostos naturais ou chás durante o tratamento sem questionar o médico também é prejudicial à saúde.
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