A Biogen Brasil, empresa de biotecnologia especializada em neurociência, acaba de lançar o “Guia de discussão sobre esclerose múltipla no Brasil – juntos para um novo futuro”, material educativo criado para trazer luz ao debate sobre as perspectivas sociais, clínicas e de acesso ao cuidado da esclerose múltipla (EM) no Brasil. O guia é resultado de uma construção colaborativa entre pacientes com a doença, profissionais da saúde, associações de pacientes, sociedades médicas e gestores de saúde.
O gerente geral da companhia, Christiano Silva, explica: “O objetivo do guia é discutir de forma estruturada e aprofundada quais são os possíveis caminhos para criar um futuro diferente para quem tem esclerose múltipla no Brasil, incluindo um novo olhar para o cuidado dessas pessoas. Acreditamos que compartilhar conhecimento e informação sobre a doença é um fator-chave para o futuro melhor de toda a comunidade”.
Abordagem do guia
O material traz informações detalhadas e atuais sobre a esclerose múltipla, uma doença crônica, autoimune e progressiva. Uma delas é que a prevalência no Brasil é de 15 casos para cada 100 mil habitantes, e que as mulheres são as mais afetadas (70%).
“Devido aos sintomas diversos, muitas vezes, a esclerose múltipla é confundida com outras condições. Os primeiros indícios da EM podem aparecer antes dos 18 anos, mas, infelizmente, os diagnósticos costumam ser fechados por volta dos 32 anos de idade. É preciso, cada vez mais, elevar a conscientização sobre a doença: o diagnóstico precoce é essencial para controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença, e isso pode mudar vidas”, revela Marcelo Gomes, diretor médico da Biogen.
Gomes reforça que é preciso ter um olhar individualizado para cada paciente e ter o apoio de uma equipe multidisciplinar, complementando o tratamento medicamentoso.
Outros dados
Outro dado apresentado no guia sobre EM foi que, para realizar ressonância magnética, o exame capaz de analisar minuciosamente o cérebro e ajuda no diagnóstico da doença, pacientes precisam, em média, se deslocar mais de 40 quilômetros. Na região Norte, onde há uma carência maior de equipamentos, a distância pode chegar a 160 quilômetros.
Além disso, quase 35% dos pacientes do SUS demoram mais de um mês para iniciar o tratamento. “Existem inúmeros desafios que vão além das questões clínicas, que precisam ser debatidos e de atenção. A doença costuma surgir em adultos jovens, em plena capacidade produtiva. Isso afeta não só a qualidade de vida do indivíduo, mas impacta social e economicamente. Precisamos ampliar esse olhar”, afirma Christiano.
O material pode ser baixado no site oficial.
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