Reajustes de insumos na indústria farmacêutica passam de 100%

Reajuste de insumos aumentaram durante pandemia
Foto: freepik
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De acordo com matéria publicada pelo site do Valor Econômico na última quinta-feira (21), os fabricantes de medicamentos no Brasil registraram aumento nos custos desde o início da pandemia. O valor do frete, das embalagens e dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) apresentaram reajustes que chegam a mais de 100% em algumas situações.

O presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini, disse que todos os insumos utilizados pela indústria sofrem com o cambial e o aumento da demanda por causa da Covid-19: “Os aumentos ocorreram não somente para a produção de vacinas, o aumento foi generalizado nos insumos e em todos eles, como material de embalagem, blister, alumínio e polietileno”.

Levando em consideração somente os fretes, a alta foi de 10 vezes desde o início da pandemia. Segundo Mussolini, antes da crise sanitária, o frete da China custava US$ 1 por quilo de IFA. Hoje, o valor pago pelo mesmo quilo é de US$ 10.

“Quem subsidia carga aérea são os passageiros. E com a restrição de voos, ficou ainda mais difícil o frete aéreo. Sabemos que ainda não voltou ao normal, mas acredito que nunca mais retornam para aquilo que eram. A experiência demonstra isso”, afirma.

Em relação aos IFAs, os aumentos ocorreram por causa da maior procura mundial pelos fabricantes dos insumos, que em sua maioria estão na China e na Índia. Tal fato torna a indústria farmacêutica global dependente desses dois países – o Brasil, por exemplo, compra quase 90% dos insumos.

“Não se consegue investir hoje para produzir na semana seguinte. É um sonho imaginar que vai fazer uma fábrica de IFA em menos de 12 a 18 meses. E, se não tiver um mercado consumidor grande e uma exportação forte, fica inviável o negócio. Precisa de uma garantia mínima de não ociosidade, justamente para dar margem no negócio”, finaliza Mussolini.

Veja também: Teuto disponibiliza Bissulfato de Clopidogrel para mercado farmacêutico

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