Farmácias escapam da crise e iniciam novo ciclo de aberturas

Mais aberturas de farmácias deverão ocorrer em 2021
Foto: Luciana Prezia (Reprodução da Internet)
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Com quase 90 mil farmácias, o Brasil deve voltar a viver um novo ciclo de investimentos no setor após 2021. A análise, publicada pelo portal Valor Econômico na terça-feira (12), mostra que a demanda segue acelerada mesmo diante de incertezas no mercado de consumo.

A projeção é de um saldo positivo no fim do ano, entre inaugurações e fechamentos, de aproximadamente 900 unidades. Este possivelmente será o maior volume desde 2018, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), e mais que o dobro de 2020, que foi de 400 lojas. O total iria de 8,3 mil lojas associadas para 9,2 mil em um ano.

Expectativas para 2021

Com a demanda das 900 lojas abertas, as vendas terão expansão em torno de 10% após a maturação completa das unidades, o que deve levar de dois a três anos segundo informações da entidade.

De acordo com o cálculo de Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma, considerando que uma loja madura faça ao mês R$ 7 milhões, as 900 poderão chegar a mais de R$ 6 bilhões ao longo de 2021: “Isso é venda a mais apenas com as aberturas, ainda temos o crescimento natural do mercado”.

O executivo diz que se ao longo dos próximos 12 meses o índice de 9% de alta for repetido e as novas lojas entregarem a metade do seu potencial de crescimento, o setor conseguiria alcançar um aumento de 14% no faturamento no ano.

Impacto da pandemia

Edison Tamascia, presidente da Febrafar, afirma que houve uma explosão de vendas nos meses de março e abril de 2020 e, posteriormente, uma aceleração no terceiro trimestre: “Crescemos 24,4% em 2020, acima do mercado e de 2019. Mas dificilmente vamos repetir esses 24% em 2021. Atendemos à demanda de bairro que subiu com o home office e isso não deve manter o mesmo ritmo. Na periferia, o auxílio emergencial ajuda, e ele não foi renovado”.

O presidente do Grupo Dimed (que contra a rede gaúcha Panvel), Julio Mottin Neto, comenta que houve um amento de vendas na segunda metade de 2020 devido ao retorno das cirurgias e consultas. O crescimento ocorreu tanto nas lojas físicas quanto nas vendas online. Para 2021, a projeção é de 65 inaugurações: “A partir de 2022, mais da metade das aberturas deve ficar fora do Rio Grande do Sul, com a empresa explorando mais os outros estados”.

O vice-presidente financeiro da Pague Menos, Luiz Novais, acredita que o setor farmacêutico é mais resiliente que outros, por ser considerado essencial: “Segundo dados da IQVIA, a receita do setor cresce 9,5% em 2021, alta que deve refletir expansão não só nas vendas de produtos, mas de serviços, como vacinação e exames. Vemos uma manutenção da preocupação das pessoas com saúde”.

Veja também: Dados do mercado farma em dezembro são divulgados por IQVIA

Foto de Revista da Farmácia

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