Famílias têm papel importante no tratamento de depressão de adolescentes

Mãe e filha de mãos dadas lutando contra a depressão
Foto: freepik

De acordo com estimativa da Associação Brasileira de Psicanálise (ABP), aproximadamente 10% dos adolescentes brasileiros sofrem com depressão. O número dobra a nível mundial, como informa a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um em cada cinco adolescentes enfrenta problemas de saúde mental e, segundo parecer da OMS, pelo menos, metade de todas as doenças mentais começa aos 14 anos de idade. Entretanto, não são diagnosticadas e tratadas, o que leva a atitudes como o suicídio, segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos.

A terapeuta e orientadora transpessoal Wanessa Moreira explica que a pessoa depressiva sente muita frustração, tristeza e angústia. “É um processo intenso de não encontrar a saída para a dor emocional que está vivendo. Um quadro de desânimo e falta de propósito, em que tudo em volta parece não fazer sentido”, explica.

Veja também: Consumo de medicamentos para transtornos mentais cresce entre os jovens

Famílias também sofrem com a depressão dos jovens

Nesse contexto, é comum que as famílias dos adolescentes que estão enfrentando a doença também se sintam desolados ao ver uma pessoa querida sofrendo. Muitas vezes, os familiares não sabem nem que é um quadro de depressão, o que pode acabar piorando a situação. “A cobrança excessiva, a falta de entendimento dentro da família e a falta de diálogo e respeito com as escolhas de cada um podem, inclusive, gerar um quadro depressivo em uma pessoa que está triste e frustrada e já não sente que tem espaço dentro dessa família”, avalia a terapeuta.

É preciso entender, antes de tudo, que cada indivíduo percebe a realidade de uma forma pessoal. Assim, deve-se respeitar a dor e o ponto de vista de cada um. Tentar mudar a maneira como os jovens se sentem pode levar a um sofrimento ainda maior.

Para ajudar na melhora da pessoa com depressão, é preciso que a família dê acolhimento e amor, procurando sempre auxiliar em sua caminhada. A terapeuta explica que é importante que cada parente se sinta parte dessa história. “Isso deve acontecer sem exclusões ou comparações, preservando a individualidade de cada membro da família, com amor e entendimento”.

Além disso, procurar se informar sobre a doença, incentivar a continuidade do tratamento e ter paciência com as angústias diárias do adolescente também são atitudes necessárias e que fazem a diferença durante o período de enfrentamento da depressão.

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