A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou na última quarta-feira (3) que o laboratório Bharat Biotech, não solicitou, até o momento, qualquer tipo de autorização de uso e de pesquisa no Brasil da sua vacina contra Covid-19, Covaxin.
Informações da Anvisa
Por meio de nota, a Agência esclareceu que o laboratório indiano realizou apenas um pedido de certificação da fabricante da Covaxin, localizada na Índia. Pesquisadores brasileiros estão realizando desde o dia 1º e até o dia 5 a verificação na fábrica.
“A inspeção é para a verificação das condições de Boas Práticas de Fabricação da vacina. Essas condições são um requisito para pedidos futuros, mas não é o único requisito”, esclarece a Anvisa no texto.
Eficácia da Covaxin
A Bharat Biotech divulgou, também na quarta-feira, dados preliminares do estudo de Fase 3 da Covaxin – a vacina é 80,6% eficaz na prevenção de casos sintomáticos da doença. O estudo foi realizado pelo órgão de pesquisa médica do governo da Índia e envolveu 25.800 voluntários, sendo 2.433 deles com mais de 60 anos e 4.500 portadores de comorbidades. No total, foram registrados 43 casos de Covid-19, sendo 36 em pessoas que receberam o placebo e 7 a vacina.
Em relação a efeitos adversos graves, o laboratório informou que ocorreram em níveis baixos e foram equilibrados entre os grupos vacina e placebo.
Acordo com Ministério da Saúde
Em 25 de fevereiro, o Ministério da Saúde informou ter assinado um acordo para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, baseadas em vírus inativados e administradas em duas doses. As primeiras oito milhões de doses devem chegar ao Brasil em março, e mais dois lotes de quatro milhões cada de 20 a 30 dias após a assinatura do contrato. Segundo a pasta, o investimento foi de R$ 1,6 bilhão.
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