A Close-up International, empresa que audita o setor de farmácia, publicou um documento com projeções sobre o impacto da pandemia da Covid-19 para o mês de abril de 2020, com base no giro dos produtos nos estabelecimentos durante as duas primeiras semanas do mês.
Aumento da demanda
Em relação à demanda, ao comparar este mês de abril com o de 2019, é possível notar um amento de 8,4%, saindo de 483 milhões de unidades vendidas para 523 milhões. Já em relação ao mês de março de 2020, possivelmente haverá uma queda de 18,7%, pois o total foi de 643 milhões de unidades vendidas. Isso porque, mês passado, as pessoas correram às farmácias para fazer estoque de produtos, com medo de faltar durante a crise do coronavírus. Então, quem já comprou, não voltará a comprar em abril.
Classes terapêuticas
Ao avaliar quais produtos serão mais vendidos em abril de 2020, é possível fazer uma estimativa bastante positiva para classes terapêuticas como antissépticos para as mãos, que, em relação ao mesmo período de 2019, tiveram aumento de 797%. Atualmente, higienizar as mãos é o que mais fazem os brasileiros, para evitar contaminação com o coronavírus.
A vitamina C também terá um alto crescimento, chegando a 181% em comparação com o mês de abril do ano passado. Em terceiro lugar, aparece a insulina humana, com um aumento de 144%. Itens como a vitamina D aumentarão 135%, e produtos para cuidado facial geral, 44%.
Produtos de dermatologia
A projeção de crescimento de mercado relacionada a produtos de dermatologia teve estimativas opostas. Em relação ao mês de abril de 2019, ocorreu crescimento de 8,5%, saindo de 26 milhões para 28 milhões de unidades vendidas. Contudo, ao fazer a comparação com o mês de março de 2020, pode-se notar uma redução de 8%, já que nesse mês foram comercializadas mais de 30 milhões de unidades.
Ainda assim, o número é maior se comparado às vendas de abril de 2018, quando foram vendidas 25 milhões de unidades.
Mercado de neurologia
Em relação a abril de 2019, este mês poderá crescer 10,3%, indo de 49 milhões de unidades vendidas para 54 milhões no ano passado. Também houve aumento em relação ao mesmo período de 2018, quando foram vendidas 46 milhões de unidades.
Na contramão, a comparação entre o mês de março de 2020 com a projeção para abril deste mesmo ano mostra uma queda de 30%, pois no terceiro mês foram comercializadas 77 milhões de unidades.
Veja também: Coronavírus pode gerar perda de, pelo menos, R$ 115 bilhões ao comércio varejista nacional