Pfizer faz alerta sobre depressão e ansiedade em meio à pandemia

Pfizer faz alerta sobre depressão na pandemia
Foto: freepik

A Upjohn, divisão da farmacêutica Pfizer focada em doenças crônicas não transmissíveis, está lançando uma campanha voltada para pessoas que sofrem de depressão e ansiedade, principalmente durante a pandemia da Covid-19, quando a população teve que ficar em isolamento social, lidar com desemprego e muitas outras incertezas.

Elizabeth Bilevicius, líder médica da Upjohn, explica que, diante desse cenário, a conscientização e o diálogo se tornaram ainda mais relevantes no que diz respeito à saúde mental: “O Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, é uma excelente oportunidade para reforçarmos o trabalho de sensibilização da população, engajamento de profissionais de saúde e autoridades sanitárias, posicionando a depressão e a ansiedade como doenças”. Uma vez entendidas e classificadas como doenças, a população passa a compreender que precisam ser diagnosticadas e tratadas para evitar que evoluam para casos extremos, como o suicídio.

Situação atual

O Brasil é o país com maior prevalência de depressão na América Latina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) – 5,8% da população é afetada, taxa superior à média global de 4,4%. “Quase 12 milhões de brasileiros enfrentam a depressão, o que equivale à população inteira de uma metrópole como São Paulo, por exemplo. No que diz respeito à ansiedade, os números do Brasil também são preocupantes. Dados da OMS mostram que o nosso país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões (9,3% da população) convivem com algum tipo de transtorno de ansiedade”, comenta a diretora médica da Pfizer no Brasil, Márjori Dulcine.

O cenário atual de pandemia contribui para que os gatilhos e sinais de alerta tenham disparado e a procura por atendimentos psiquiátricos tenha aumentado, incluindo novos pacientes e os que tiveram algum tipo de recaída.

“Qualquer indivíduo está vulnerável a reações psicológicas diante de um cenário tão incerto, com mudanças impostas e de magnitude global como o atual. Adultos, jovens, idosos e até mesmo crianças podem apresentar algum sofrimento psíquico diante de tanta carga emocional”, afirma  Alexandrina Meleiro, vice-presidente da Comissão de Saúde Mental do Médico da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e vice-presidente da Associação Brasileira de Estudo e Prevenção de Suicídio (ABEPS).

Atenção redobrada com jovens

Em 2019, o IBOPE Conecta realizou um estudo intitulado “Depressão, suicídio e tabu no Brasil: um novo olhar sobre a saúde mental”, que buscou entender como os jovens enxergam a doença. Ao todo, foram entrevistados dois mil brasileiros a partir dos 13 anos de idade em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Fortaleza e São Paulo. 

“Verificar o quanto existe de desconhecimento e vergonha sobre a depressão entre os jovens brasileiros é muito preocupante porque a doença representa um dos diagnósticos mais frequentes entre as pessoas que tiram a própria vida. E temos visto, nos últimos anos, o quanto as taxas de suicídio estão aumentando justamente na população mais jovem”, comenta Márjori.

Desinformação sobre depressão

A pesquisa mostrou que as faixas etárias mais jovens acreditam em mitos quanto à origem da depressão: mais de uma a cada quatro pessoas entre 18 e 24 anos (26%) consideram que se trata de uma “doença da alma”. A porcentagem cai para 15% quando os entrevistados têm 55 anos ou mais.

Ainda que entendam que há tratamento para doença (71%), os jovens entre 18 e 24 anos têm a menor confiança na eficácia dele – 29% deles pensam que a depressão não é uma doença que pode ser tratada com sucesso. Novamente há uma caída (18%) entre os participantes acima dos 55 anos.

Ao analisar as respostas dos entrevistados ainda mais jovens, de 13 a 17 anos, a situação também se mostra preocupante. Mais de um a cada cinco deles (23%) acreditam que não existem sintomas físicos na depressão, e que ela seria apenas um momento de tristeza, e não uma doença.

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