Setor de HPPC fecha primeiro semestre com crescimento de 4%

Setor de HPPC cresce pouco no primeiro semestre do ano
Foto: freepik
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O setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) apresentou resultado muito abaixo das expectativas no primeiro semestre de 2021. O painel de dados de mercado desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) mostra que a alta foi de 4% em vendas ex-factory, o que reflete os efeitos devastadores da inflação ainda sem controle e o cenário de instabilidade política.

Mesmo com o bom desempenho do setor no fim de 2020, o cenário de retomada da economia ao longo dos seis primeiros meses deste ano é preocupante, muito pelo aumento dos preços que levou à redução do consumo. Em julho, a inflação geral avançou, atingindo 8,99% no acumulado dos últimos 12 meses, enquanto a inflação do setor acumulou 5,7%.

João Carlos Basilio, presidente-executivo da ABIHPEC, revela que todos esses fatores impactam diretamente no setor de HPPC: “Insumos indexados em dólar e um real depreciado; custos de produção como combustíveis e gás aumentando; crise hídrica trazendo aumento do preço da energia e o risco de ruptura no abastecimento energético (…) Vale lembrar que o nosso setor – apesar de ser essencial para a sociedade – é hoje o terceiro mais tributado em nosso país. Essa questão nos deixa extremamente preocupados”.

Em análise mais detalhada, é possível perceber uma queda de 3,9% no segmento de cosméticos, quando comparado com o mesmo período do ano passado. O segmento de Tissue (papel higiênico, toalha de papel multiuso e lenços de papel) teve queda de 15%, enquanto os desodorantes caíram 14%.

As categorias que contribuíram para o crescimento de 4% são a de perfumaria (13,3%), de higiene pessoal (9,4%), sabonetes (16,4%) e sabonetes líquidos (15%). “Diante do cenário crítico que se apresenta, a ABIHPEC está extremamente preocupada com a performance que o setor deve apresentar até o fechamento do ano. As perspectivas para os próximos meses, infelizmente, são preocupantes e tememos que esse seja um ano perdido, com pouquíssimas possibilidades de recuperação”, finaliza Basilio.

Veja também: Público idoso é o que mais consome medicamentos no Brasil

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