Pesquisa revela que 50% dos pacientes com Urticária Crônica Espontânea têm depressão

Urticária Crônica Espontânea
Foto: Divulgação

O Instituto Ipsos liberou o resultado de uma pesquisa realizada em abril deste ano com pacientes de Urticária Crônica Espontânea (UCE). Nos dados, 79% dos entrevistados foram diagnosticados com alergia antes de serem diagnosticados corretamente.

O que é Urticária Crônica Espontânea?

A UCE se caracteriza por lesões avermelhadas na pele, que podem durar mais de seis semanas e coçam intensamente. A doença atinge mais de um milhão de brasileiros.  É muito confundida com alergias, embora não seja causada por fatores externos, como alimentos, cosméticos ou perfumes, o que acaba afetando a vida dos pacientes.

Doença pouco conhecida

Segundo a pesquisa, por ser pouco conhecida, a UCE causa constrangimentos às pessoas. Entre os entrevistados, muitos revelaram sentir medo de ser uma doença contagiosa, o que resultou em dificuldade de se relacionar e até mesmo ir ao trabalho.

Outro ponto importante é o diagnóstico errado da doença. Cerca de 52% dos pacientes são diagnosticados corretamente um ano após o aparecimento dos primeiros sintomas. E aproximadamente 25% deles demoram mais de 5 anos para saber a verdade. A maioria desses casos acontece na região Nordeste.

Pensando nisso, em abril deste ano, a Novartis lançou a segunda edição da campanha de conscientização “Todos pela causa – tudo sobre UCE”, com a atriz Deborah Secco como embaixadora. Além disso, a São Paulo Fashion Week, no mesmo período, promoveu uma ação para ajudar nessa campanha.

Impacto na saúde física e mental dos pacientes

Responsável pela pesquisa, Ana Luiza Pesce informa que 58% dos entrevistados adquiriram doenças psicológicas, como a depressão, após a descoberta da doença. E 56% deles também revelaram que já sofreram preconceito.

Além disso, entre 33% e 67% dos entrevistados acabaram sofrendo com angioderma, um inchaço nas camadas mais profundas da pele. E 80% deles já faltaram ao trabalho por causa da doença.

O tratamento

A primeira fase do tratamento para pacientes diagnosticados com UCE são os anti-histamínicos H1 de segunda geração. Para os pacientes que não tiverem os sintomas controlados, são adicionados medicamentos biológicos.

“Os medicamentos biológicos são indicados para os casos que não respondem aos anti-histamínicos. Com os sintomas de UCE controlados, a maioria dos pacientes retoma sua rotina e passa a viver melhor”, explica o médico especialista em Alergia e Imunologia, Luis Felipe Ensina.

Estudos clínicos comprovam que, após o tratamento correto, 92% dos pacientes voltam a ter qualidade de vida.

Para saber mais sobre o assunto, acesso o site.

Veja também: Síndrome de Burnout é incluída na nova Classificação Internacional de Doenças

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